O Nobre Caminho Óctuplo nos permite superar nosso “eu”, sentir maior harmonia com o mundo ao nosso redor e, eventualmente, eliminar a dor que frequentemente experimentamos. Nesse caminho, a Roda, símbolo do Dhamma, é apresentada com oito raios representando os seguintes oito princípios:
- Visão Correta
- Pensamento Correto
- Fala Correta
- Ação Correta
- Meio de vida Correto
- Esforço Correto
- Conscientização Correta
- Concentração Correta
O entendimento correto é o primeiro e mais importante passo no caminho porque devemos primeiro entender a verdade das Quatro Nobres Verdades para começar nossa jornada.
O pensamento correto segue imediatamente. “Correto” neste caso significa “de acordo com os fatos”. Em outras palavras, sugere que devemos ver as coisas como elas são e não como gostaríamos que fossem.
Discurso, ação e meios de subsistência corretos incluem barreiras morais que impedem mentir, roubar, cometer atos violentos e ganhar a vida de uma forma que prejudique outras pessoas. Essas barreiras morais não apenas ajudam a alcançar a harmonia social geral, mas também nos ajudam a controlar e eliminar nosso senso de “eu”.
O Esforço Correto é importante, porque o “eu” prospera na inação e no esforço incorreto. Inatividade porque, se não tentarmos praticá-los, não teremos esperança de conseguir nada em nenhum nível da vida e no “empreendimento errado”, porque os maiores crimes foram cometidos por pessoas muito ativas. Portanto, o esforço deve ser feito e deve ser consistente com o ensino e com o esforço de eliminar o nosso “eu”.
As duas últimas etapas do caminho são a Consciência Correta e a Concentração Correta. Esses dois estágios representam o primeiro passo para a liberação da dor.
Estar acordado e atento o tempo todo é fundamental para uma vida boa. Isso pode ser alcançado de muitas maneiras, mas no Ocidente a prática formal é chamada de “meditação” e é o caminho para alcançar a Consciência e a Concentração Corretas.
Texto do Venerável Dipananda Thera Abade do Templo Budista Theravada de Dharmarajika em Dhaka, Bagladesh.
Tradução Elaine Kôhô