Linchi (em Japonês: Rinzai, Morto em 866)

 

A Dinastia Tang (620‑906) foi a Idade de Ouro do Zen na China, produzindo grandes mestres, como Joshu (778‑897) e Nansen (748‑834). As histórias e casos desses mestres foram reunidas em coleções como Mumokan, Hekiganroku, Shoyoroku e Tetteki Tosui, sendo estudadas pelos discípulos do Zen até os dias de hoje.

Um dos maiores professores e que gozou de maior influência nessa época foi Linchi, mestre do Chan, cujo nome em japonês é usado para designar uma das duas maiores seitas Zen.  Ele ficou famoso pela maneira rude e franca com que tratava os discípulos para despertar suas mentes. Era bem capaz de bater no inquiridor para cortar os padrões de pensamento condicionado e permitir que a mente se abrisse para sua verdadeira natureza.

Seja simplesmente você mesmo, sem buscar mais nada, usando mantos ou comendo, por exemplo. Se você dominar a situação na qual está, onde quer que esteja, tudo se torna verdadeiro, você não é mais manobrado pelas circunstâncias.

“Amigos, vou dizer‑lhes uma coisa” (palavras de Linchi):

Não existe Buda, não existe caminho espiritual para seguir, nem treinamento, nem realização. Você está febrilmente correndo atrás de quê? Colocando uma cabeça em cima de sua própria cabeça, seus cegos idiotas! A cabeça está exatamente onde deveria estar. O problema é que vocês não acreditam em vocês mesmos o suficiente.

Por isso, são jogados para lá e para cá pelas condições nas quais se meteram. Estando escravizados e distorcidos pelas situações objetivas, não têm liberdade de espécie alguma, não são senhores de si próprios. Parem de se voltar para fora e também não se apeguem às minhas palavras. Simplesmente deixem de se apegar ao passado e de ficar ansiando pelo futuro.

Texto escrito pela equipe da Coluna História e Sociedade.

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